Editora: Agir
Gênero: Fábula
Páginas: 93 páginas.
Nota: ✰✰✰✰✰
Quando se fala em literatura infantil é impossível não viajar direto para o mundo do pequeno príncipe apaixonado por uma rosa que aprendeu a cativar e fez de uma raposa igual a mil outras única. Sim, um príncipe que nos trás incríveis lições em menos de 100 páginas. É difícil conhecer alguém que já não tenha lido e tirado ótimos proveitos dessa leitura tão incrível. Antonie de Saint-Exupéry, diretamente da França, criou uma fábula de fazer brilhar os olhos e aquecer o coração não só das crianças ou adolescentes, mas de um público bem mais geral.
"O amor é a única coisa que cresce à medida que se reparte."
Para quem não conhece a história ainda, nosso narrador-personagem é um aviador que pousou no deserto numa emergência, mas para sair de lá precisa consertar seu avião e nesse meio tempo ele é abordado pelo garotinho loiro que lhe pede um simples desenho de um carneiro. A partir daí o aviador passa a conhecer um pouco mais o misterioso garotinho, suas aventuras, seu amor incondicional pela sua rosa, o modo como cativou a raposa e fez dela única no mundo e seus objetivos até o momento em que se tem que dizer adeus.
"Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz!"
O livro reúne grandes metáforas incríveis, na verdade é repleto de frases marcantes, simbolismo e de convites para parar e pensar sobre algumas atrocidades da vida. Embora seja destinado ao público mais jovem, com certeza é quase uma leitura obrigatória para todos nós. A leitura flui muito rapidamente e as 93 páginas são devoradas em pouquíssimo tempo, sem contar que as aquarelas do autor dão vida ao personagem fazendo com que nos conectemos muito mais com o pequeno "principezinho". É realmente impossível não se apegar aos personagens e à história no geral.
Sinopse (via skoob):
Um rei pensava que todos eram seus súditos, apesar de não haver ninguém por perto. Um homem de negócios se dizia muito sério e ocupado, mas não tinha tempo para sonhar. Um bêbado bebia para esquecer a vergonha que sentia por beber. Um geógrafo se dizia sábio mas não sabia nada da geografia do seu próprio país. Assim, cada personagem mostra o quanto as “pessoas grandes” se preocupam com coisas inúteis e não dão valor ao que merece. Isso tudo pode ser traduzido por uma frase da raposa, personagem que ensina ao menino de cabelos dourados o segredo do amor: “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos".
Trecho do livro:
"[...] O pequeno príncipe foi rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu a tornei minha amiga. Agora ela é única no mundo.
E as rosas ficaram desapontadas.
- Sois belas, mas vazias - continuou ele. - Não se pode morrer por vós. Um passante qualquer sem dúvida pensaria que a minha rosa se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que todas vós, pois foi ela que eu reguei. Foi ela que pus sob a redoma. Foi ela que abriguei com o para-vento. Foi por ela que eu matei as larvas (exceto duas ou três, por causa das borboletas). Foi ela que eu escutei se queixar ou se gabar, ou mesmo calar-se algumas vezes, já que ela é a minha rosa.
- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu a tornei minha amiga. Agora ela é única no mundo.
E as rosas ficaram desapontadas.
- Sois belas, mas vazias - continuou ele. - Não se pode morrer por vós. Um passante qualquer sem dúvida pensaria que a minha rosa se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que todas vós, pois foi ela que eu reguei. Foi ela que pus sob a redoma. Foi ela que abriguei com o para-vento. Foi por ela que eu matei as larvas (exceto duas ou três, por causa das borboletas). Foi ela que eu escutei se queixar ou se gabar, ou mesmo calar-se algumas vezes, já que ela é a minha rosa.
Olha, é um livro legal e tudo mais só que tem muita coisa que te faz pensar que é bonitinho e só é bom na teoria, algumas frases (que rolam na internet), tem até treta do Padre Fábio de Melo falando sobre isso.
ResponderExcluiririanneveloso.blogspot.com
Gosto do livro pela analogia toda que o autor faz em relação à época em que estava vivendo e algumas situações por quais passava. Ela meio que faz um julgamento sem muitas pretensões sobre a vida em si, sobre como anda a humanidade... principalmente quando o príncipe passa pelos planetas e encontra diversas personalidades diferentes que refletem muito o que as pessoas vem se tornando, deixando a essência de lado para se apegarem aos seus vícios (sejam eles: trabalho, arrogância, orgulho, etc). Acho que o livro tem uma grande lição de moral que, pelo menos para mim, não ficou só na teoria... Vou ver o vídeo do Padre Fábio de Melo, fiquei curiosa!
ExcluirEu acho esse livro um amor. Apesar do que a menina falou acima, não acredito que seja só na teoria, grande parte do livro fala sobre a gratidão, sobre o amor, amizade, bens imateriais e importantíssimos. É um livro com uma lição incrível e que todo mundo deveria ler pelo menos uma vez na vida ♥
ResponderExcluirTambém acho ele um amorzinho, é um livro para reler sempre! ♥
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